Entrevista com o Mestre do Lápis de Cor, Mario Freire!



Com o advento dos livros para colorir, o Brasil redescobriu uma arte que até então permanecia adormecida, senão, esquecida apesar de sua complexidade, beleza e importância: A Pintura com lápis de Cor é uma arte respeitabilíssima no exterior e com sua popularidade aumentando em nossas terras o Portal dos Quadrinhos foi conversar com o mestre Mario Freire, sem dúvida o maior nome desta arte atualmente em nosso país. Freire há tempos vêm chamando a atenção nas mídias sociais com suas artes complexas, majestosas e de uma beleza ímpar e nesta entrevista exclusiva nôs fala um pouco de sua técnica, dos segredos desta impactante arte e do mundos das artes
!

por: Ed Oliver

1) É um prazer recebê-lo aqui no Portal dos Quadrinhos, professor! É correto dizer que o senhor é um desbravador no Brasil da técnica de pintura com lápis de cor?
Mario Freire - É uma honra poder participar. Agradeço muito a oportunidade. Eu não me considero um desbravador, apesar do meu conhecimento da história dos artistas que se dedicaram a este estilo de pintura. Depois de dois anos que estava ministrando aulas, conheci uma artista fantástica de nome ( Aleixa de Oliveira ) , patrocinada pela Faber-Castell. Tive conhecimento que ela chegou inclusive a dar umas dicas de pinturas na Ana Maria Braga, antes dela ir para a Globo. Ela ministrava aula no Liceu Brás Cubas, onde a conheci pessoalmente e fiz um curso de aperfeiçoamento, patrocinado por uma aluna que me ajudou muito no começo de minha carreira (Arlete Naure) e o artista plástico (Pedro Neves), se não fosse pela força dos dois eu não estaria aqui mostrando meus trabalhos. 

2) Fale-nos um pouco do caminho que o senhor fez até chegar neste nível de refinamento na técnica de lápis de cor?
Mario Freire -  Para te falar sinceramente, o lápis de cor surgiu como única opção em uma época de crise financeira. Entrei em um curso de desenho gratuito patrocinado pela secretaria de cultura de Suzano. Buscava uma ocupação para me desestressar . Foi onde conheci o professor Pedro que me deu as dicas de como usar os lápis de cor. E entre uma folga e outra, durante os bicos que fazia de servente de pedreiro, me dedicava à aperfeiçoar a técnica de pintura com lápis de cor, com uma caixa doada pelo Pedro, me dediquei o máximo que pude. Devido à minha dedicação ele me deu uma oportunidade de ministrar aulas no centro cultural de Suzano. Então eu agarrei esta oportunidade com unhas e dentes. E desde então venho me dedicando a buscar meu aperfeiçoamento, sei que é uma luta constante, mas vou tentando, e nesta tentativa com alguns erros e acertos, venho tentando passar para meus alunos o que eu consegui até o momento deste material de pintura que não fica devendo nada aos outros materiais.




3) Além de ministrar aulas em eu Atêlie "Só Artes",  o senhor também dá aulas na escola "AreaE". Fale-nos um pouco deste aspecto em sua profissão.

Mario Freire -  A AreaE surgiu para mim em uma feliz coincidência, quando estava visitando o bairro da Liberdade em 2001, vi um anúncio de uma escola de manga, que antes tinha o nome de "Japansunset" .
Eles viram meu material de pintura e me convidaram para ministrar aulas na Liberdade, eu prontamente aceitei.
Foi um divisor de águas para mim. Tive mais acesso a artistas que também estavam iniciando a carreira, artistas fantásticos. E principalmente, pude participar de eventos como Anime Friends, onde tive contato com um público fantástico deste universo de Animes e Mangas.


5) O que você acha que é mais especial e único na técnica de pintura a Lápis de Cor?
Mario Freire - O que mais me encanta e ainda me surpreende no lápis de cor é que é um material ainda menosprezado por uma boa parte das pessoas que acham que é um material pra crianças, sem um grande potencial de pintura. Mas quando se deparam com uma obra de arte executada com este tipo de material ficam de queixo caído. É um material que, aprendendo a técnica corretamente não fica a dever nada em relação às outras técnicas de pinturas.

4) Fale sobre a dinâmica do curso e das suas aulas.

Mario Freire -  Na Area-E eu ministro só a parte de pinturas com lápis de cor. Não havendo necessidade de aluno ter conhecimento de desenho. Portanto os estilos variam muito, vão desde o Mangá ao Acadêmico. A idade dos alunos variam muito, vão dos 12 aos 80. Cada aluno tem um atendimento individual, com no máximo 10 alunos por horário. São três turmas, com 3 horas de aulas uma vez por semana. Por isto temos uma variação grande de profissionais de várias áreas, como de Moda, Designer de interiores, Tatuadores, Biólogos, Quadrinistas e Mangakas ( os profissionais desenhistas de Mangas). O curso é livre. Em Suzano onde fica meu ateliê, a diferença é que além da pintura com lápis de cor, eu ministro aulas de desenho e técnicas de pinturas em preto e branco com lápis de grafite e lápis de cor. São duas horas de aula, uma vez por semana.




6) O senhor também divulga artes preciosas feitas a partir de material nacional, existe um certo preconceito quanto ao material nacional pelos artistas e o senhor mostra que nem sempre o material faz a diferença e sim o artista. Comente.

Mario Freire -  Como eu sempre falo para meus alunos: - "Não adianta me presentear com uma Ferrari se eu não sei dirigir". Mas eu aceito o presente Ok? (risos). Quando eu comecei só tinha os lápis nacionais da Faber-Castell que ganhei por não ter condições de comprar na época, por isto sei da dificuldade financeira , principalmente em épocas de crise. Mas nos dias de hoje temos várias opções de lápis de cores, bons e baratos, inclusive importados. Procuro comprar e testar os materiais tanto nacionais quanto importados para ajudar na escolha dos alunos. Tem materiais nacionais muito bons depois vamos para a segunda etapa que é ensinar a técnica de como utilizar as características diferentes de cada marca.

O mestre Mário freire mostra que não é o material que faz o artista e sim sua dedicação e talento, aqui uma arte sensacional utilizando a marca nacional Multicolor que custa por volta de R$ 20...
7) Quais marcas o senhor costuma utilizar em seu trabalho, nacionais e importadas?
Mario Freire -  Nacionais: Faber-Castell nacional não aquarelável. Multicolor Super ( linha da Faber, mas com a mesma qualidade e bem mais barato.) Acrilex - nova linha ( com uma mina de 4 mm) Electric Ink 68 lápis sendo 8 lápis de grafite e o restante lápis de cor.
Importados que são caros: Carand'Ache ( todas as linhas aquarelaveis.) Prismacolor americano ( linha premier 132 e 150 cores. ) Importados baratos: Colleen (60 cores) só pela internet. Giotto: ( 24 cores à venda aqui) e  Maped à venda aqui.
O papel que eu uso profissional é o Fabriano 121L5 50% Algodão. Para as aulas, o Canson escolar 180 g ou da marca Spiral 180 g se os alunos tiverem condições de comprar um material mais caro. Fica a critério dos mesmos, porque usamos até mesmo o papel grafite que parece papel de pão só que um pouco mais escuro, isso tentando sempre facilitar a vida dos alunos.



9) Em suas artes percebe-se que o senhor é um grande fã de cultura Pop, sobretudo a japonesa! 

Mario Freire - Cresci assistindo desenhos animados (nas casas de vizinhos e levava surras por causa disto, mas os desenhos eram mais fortes do que eu (risos). O primeiro contato foi com desenhos animados foi com a Pantera Cor de Rosa e Speed Racer.
Da Disney, o primeiro contato foi com um livro ilustrado do Mogli. Mais tarde tive contato com os quadrinhos da Marvel e com o Demolidor que eram publicados em preto e branco. Mais tarde com as séries dos anos 60 com destaque pra Zorro, Star Trek, Batman. Etc!!!
Só tive contato com a cultura japonesa quando mudamos para Feira de Santana na Bahia. Lá assistia Ultra Man 1 e 2 , Ultra Seven e desenhos como Kimba o leãozinho branco.


10- Quais são suas influências pessoais, artistas, estilos etc? 
Mario Freire -  As minhas influências começaram nos quadrinhos, muito me encanta a arte acadêmica que ainda é muito utilizada nos quadrinhos com artistas fantásticos como Alex Ross, Esad Ribic, Filipe Massafera, etc. Os grandes mestres das pinturas. Os desenhistas de Cartoon da Hanna-Barbera dos quais não perdia nenhum desenho.

11-Planos para 2017?
Mario Freire -  Em 2017 é provável que eu vá acrescentar a pintura de Tatuagem às minhas atividades além das aulas que ministro em Suzano onde moroa continuar com as aulas da AreaE na Liberdade.

Para conhecer mais de perto o trabalho do Professor Mario Freire e os cursos que ele ministra:


AreaE - Unidade Liberdade

R. da Glória, 279 - cj. 44 - Liberdade

São Paulo - SP - Fone: (11) 3207-7624

Twitter: @escolademanga

Facebook: /escolademanga

e-mail: contato@areae.com.br


Pequeno documentário sobre a trajetória do professor Mário Freire:









Agora que você leu esta maravilhosa entrevista deu vontade de começar a usar lápis de cores? As vezes os preços dos importados não cabem no bolso, mas a gente fez uma matéria super legal em 2 partes com dicas de material nacional de qualidade e muito bons! Confira AQUI!


Lápis de Cores - Análise de Marcas Nacionais! Parte 2



E eis que chegamos à segunda parte de nossa resenha sobre Lápis de Cores a venda no Mercado nacional e quero agradecer a grande recepção e palavras de incentivo a está nossa matéria que já é uma das campeãs de visitação do Portal dos Quadrinhos!

por: Ed Oliver



Pax Hexacolor 24 Cores


Outra marca que traz uma qualidade surpreendente em seu produto, e o matiz das cores é forte e vivo inclusive tendo algumas tonalidades muito bonitas que não se encontra em outras marcas, não é muito fácil de ser achado no mercado portanto se encontrar vale a pena adquirir.
Possui ponta de 2,8mm, formato hexagonal.

As minas tem característica bem macia e são fáceis de apontar e para quem tem uma preocupação ecológica são todos produzidos com madeira reflorestada.

A faixa de preço desta caixa gira em torno de 15 a 20 reais, o que para os leigos dá uma falsa impressão de que o lápis não tem qualidade, mas não vá por aí, vale a pena adquirir!


Faber Castell - 18 Ecolápis de "Cores Especiais"


Devo confessar que fiquei muito feliz ao encontrar esta caixa à venda sobretudo por constatar tempos depois que deveria se tratar de uma edição pequena já que nunca mais a vi tanto em lojas físicas como virtuais para venda.
Trata-se de uma edição da Faber Castell trazendo 18 lápis especiais:

- 6 Cores metálicas: Incríveis efeitos brilhantes principalmente sobre papéis escuros.
- 6 Cores Neon: Super fluorescentes, muito mais destaque para os desenhos.
- 6 Cores pasteis: Macios, tonalidades fortes e suavidade na pintura.

Uma caixa surpreendente trazendo um apanhado daquelas edições especiais lançadas pela empresa o que para o artista é uma mão na roda tanto por todos eles em uma caixa só, como por poder dar um toque especial em suas artes!

Produzido em formato Triangular com madeira reflorestada. Na faixa de 24 reais.

12 Ecolápis de Cor - "Superponta"

Bem interessantes esta edição da Faber por seu formato triangular e trazendo uma mina de 4mm o que ajuda muito no preenchimento de áreas maiores no desenho.
As minas também são macias e são maciais o que dá ao seu colorido um matiz forte e vivo.
Também encontrável com 24 cores. Faixa de preço entre 24 reais.

Maped 48 Cores (Color Peps)



A exemplo da caixa de 48 cores da Faber Castell, esta da Maped é exemplo de como lápis de cores de qualidade profissional não precisam custar rios de dinheiro, o que transformou esta marca numa das mais procuradas no mercado.
Esta edição de 48 cores traz  ainda 6 cores especiais 1 dourada, 1 prateada e 4 fluorescentes.
Com um formato triangular que proporciona uma maior segurança ao pintar, os lápis da Maped tem cores e matizes fortes e intensos com tonalidades bem variadas e muito bonitas.
Suas cores se misturam entre si com facilidade e não ficam empoladas no papel.
Num comparativo com lápis importados este nada fica a dever a marcas como Prismacolor, Raffiné, Conté e outras marcas importadas. 
Madeira fácil de apontar e minas firmes e resistentes.
Altamente recomendado!
Em sites de vendas é possível encontrar esta caixa na faixa de 50 a 60 reais.
Também encontrável em 12, 24 e 36 cores e versão Aquarelável.

Giotto Stilnovo 24 Cores



A marca é italiana mas por estar bem presente no mercado brasileiro e a preços bem convidativos decidimos incluir ela aqui!
Com uma apresentação elegante e muito bonita o Giotto surpreende também pela qualidade de suas cores, a força dos matizes e maciez ao pintar. Como o Maped também compete de igual para igual com a qualidade dos importados.
Fácil mix de cores e madeira macia e fácil de apontar.
Também encontrável em versões de 12, 36 e 48 cores e Aquarelável. Mina de 3.3mm.

Pois é amigos deixem sua opinião sobre nossas matérias e deixe também suas dicas e sugestões!



Falando em Lápis de cor, você conhece o trabalho do Mestre brasileiro da pintura com lápis, Mario Freire? Veja AQUI!


Editora Criativo lança 30 volumes da Coleção Sketchbook de uma só vez!!!


Ousadia e Criatividade é o que fez a editora Criativo ao anunciar o lançamento simultâneo de 30 edições da coleção Sketchbook Custom!!!



Cada livro traz esboços feitos artistas em diferentes estágios do trabalho e momentos de suas carreiras.

Os Artistas são: 

Adriana Yuri, Alexandre Jubran, Alvaro de Moya, Ariel Olivetti, Arthur Garcia, Bira Dantas,
Cah Roszar, Eduardo Schloesser, Fabio Moraes, Fausto Bergocce, Fran Santiago, Franco de Rosa,
João Zero, Julio Shimamoto, Laudo Ferreira, Lily Carrol, Lorena Kaz, Marcatti, Marcio R. Gothard,
Mike Deodato, Mozart Couto, Nilton Simas, Novaes, Raquel Sumeragi, Spacca, Suu Hideto,
Thiago Spyked, Ulisses Peres, Vilachã, Will Conrad.



Parte do grupo estará presente ao lançamento coletivo, marcado para este sábado (12), no Memorial da América Latina, em São Paulo, para autografar as obras e bater papo com os leitores.

Cada volume da coleção Sketchbook Custom tem formato 21 x 28 cm, 64 páginas e preço R$ 34,90.

Lançamento: 30 obras da coleção Sketchbook Custom

Memorial da América Latina / Biblioteca Latino-Americana (Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo). Das 14h às 17h.

por: Ed Oliver
fonte: Revista O Grito

Lápis de Cores - Análise de Marcas Nacionais! Parte 1



por: Ed Oliver

Encorajado pelo recente sucesso que algumas de nossas postagens acerca de materiais de desenho tem feito nas redes sociais, resolvi fazer esta matéria em 2 partes para auxiliar os iniciantes na arte fantástica da pintura com lápis de cor, esta técnica tão bela e que por anos foi relegada a segundo plano nas artes pelo desconhecimento de sua refinada técnica.

Com o advento da internet a técnica de pintura com Lápis de Cor ganhou adeptos e muitas de suas técnicas popularizadas pelas redes sociais sobretudo com o advento da moda dos Livros para colorir, mas mesmo com toda informação possível ainda resta uma lacuna sobre o tema que é o inexplicável preconceito que leigos e mesmo muitos artistas tem com os materiais nacionais frente aos estrangeiros, coisa que como veremos a seguir se mostra injustificável.
Também dentro de algumas parcerias fechadas pelo Portal dos Quadrinhos, daremos indicações e analises de algumas marcas que recebemos.

Sobre Diferenças e Preconceitos...

É evidente que o mercado de marcas e modelos de lápis de cores no exterior se desenvolveu a mais tempo que em nosso país e tem uma maior oferta de marcas e modelos, apresentando características diferentes porém não devemos confundir características com qualidade, já que muito da matéria prima dos lápis que são produzidos lá fora é justamente adquirida aqui, ou seja o mesmo material que são produzidos os lápis de marcas nacionais.

A busca maior pelo produto importado se deve a popularização de suas marcas e também ao desconhecimento do artista pelo produto nacional, assim como intrinsecamente acontece com os papéis que são usados pelos mesmos artistas.  Mas como os preços trabalhados pelas industrias de fora muitas vezes impossibilitam o artista de adquiri-los, descobrir que há alternativas nacionais no mesmo nível é uma ótima notícia para os artistas!

Com tudo isso, não estamos dizendo que não aja marcas ruins no mercado , mas isso também acontece em outros países. O Brasil vêm se desenvolvendo muito nesta área e já oferece uma gama grande de excelentes produtos, que a seguir serão apresentados ao leitor.
Em última análise, a qualidade dos trabalhos se deve a capacidade do artista e não do produto em si.

Sem mais demora, vamos análise dos produtos desta primeira parte de nossa matéria!


Faber - Castell 48 Cores Ecolápis Aquarelável


Uma das melhores marcas do mercado, a Faber Castell vêm se esforçando muito para tornar estas caixas e linhas mais elaboradas de seus produtos, como alternativas profissionais para seu publico, o que vêm sendo acompanhado de uma crescente em sua qualidade, esta caixa de 48 cores apresenta tons fortes, pigmentação viva e que é ainda mais realçada na aplicação da água durante a pintura.
Logicamente a textura do grafite é mais macia e granulada para funcionar melhor na técnica de pintura. Nível profissional.
Seu formato sextavado (hexagonal) garante firmeza e precisão no uso.


Detalhe: Algumas cores da caixa de 24 cores, não estão presentes nesta de 48 cores e vice-versa. 
A mistura de cores é bem funcional entre si, 
O preço desta caixa varia entre 60 a 85 reais.

Crayola 24 Cores



Um dos preferidos pelos ilustradores, com uma seleção de cores bem bonitas, macio ao apontar e pintar com pigmentação e tonalidades fortes no pincel. Sua mistura entre as cores também é muito boa assim como a cobertura durante a pintura, nível profissional também.
Sendo sua distribuição feita no Brasil e por ser popular entre os usuários achamos que valeria a pena sua inclusão nesta sessão. Formato Arredondado.

O único pecado da Crayola é que sua distribuição em território nacional é muito falha sendo mais fácil de adquirí-lo em sites de compras online. Há caixas com 12, 50 e até 100 cores.
O preço desta caixa de 24 cores varia por volta dos 30 reais.


Happy Time 36 Cores 



Uma marca da fabricante Spiral e de distribuição da empresa Kalunga, com certeza um dos lápis de cores que mais me surpreenderam, devo confessar que por seu baixo custo eu temi que sua qualidade fosse ruim, mas para minha alegria e surpresa ele é muito bom ( exemplo do que falamos sobre materia prima no início do texto). 



Sua pigmentação é muito forte e boa quase se igualando a um lápis aquarelável, a mistura entre as cores é boa e a seleção de tonalidades para esta caixa foi muito bem organizada mostrando um mix bem equilibrado.
Embalagem simpática e de utilização otimizada. Formato redondo.
Existem ainda versões de 12 e 24 cores.
Uma ótima alternativa custo benefíco / preço e qualidade, surpreendendo muito!
Esta caixa de 36 cores pode ser encontrada facilmente e sai por volta dos 30 reais.

Ecolápis Multicolor Super 12 cores


Outra grata surpresa de custo-benefício e qualidade ficou por conta do Ecolápis Multicolor.
Em formato sextavado ( hexagonal) apresenta também um mix interessante de cores, durante a pintura mostrou tonalidade fortes e cores vibrantes. Eles são macios ao apontar e macios durante sua utilização para pintura.
A mistura de cores também funciona bem e as minas são firmes. 
Mais uma ótima alternativa de baixo custo com a surpresa da qualidade de matéria prima!
O produto possui versões de 24 e 36 cores.

Lápis Maped Fluo 6 cores Fluorecentes


De fabricação francesa mas distribuído no Brasil, a Maped se mostra uma excelente marca em termos de qualidade de pigmentação e cores, esta versão de cores fluorecentes é muito bonita e sua característica triangular dá firmeza e segurança durante o trabalho.

O Mix das cores é funcional e o lápis é macio no apontar e na utilização sobre papel. O custo do produto também é honesto por sua proposta.

Para exemplificar como é possivel se obter excelentes resultados sem gastar fortunas com lápis importados, mostramos aqui o maravilhoso trabalho do professor Mário Freire que fez esta arte utilizando a marca nacional Multicolor!



E para a surpresa de vocês, teremos nos próximos dias uma super entrevista com o professor Mario Freire falando sobre sua técnica, sobre os segredos dos lápis de cor! Não percam!

Aguardem a Parte 2 de nossa matéria a semana que vêm!!!


Falando em Lápis de cor, você conhece o trabalho do Mestre brasileiro da pintura com lápis, Mario Freire? Veja AQUI!



Magos do Traço: Josephine Wall - Um mergulho num oceano encantado de cores!




por: Ed Oliver
Josephine Wall

Desde a infância Josephine teve uma paixão por luz e cor, fantasia e artes visuais.
A vida de um pintora era claramente o seu destino! Imagens encantadoras e detalhadas circulavam livremente em sua imaginação em uma cascata interminável de idéias.


Além de seu amor da pintura, ela dirige suas energias criativas para peças de cerâmica, esculturas e reprodução de painéis de vidro.
Ela vive alegre com seu marido em "Wisteria Cottage", Austrália,  onde ela trabalha em um estúdio construído propositadamente no sotão. As paredes são cobertas com uma enormes glicínias, cascatas lindas flores pintadas à mão, claro.
Josephine está convencida de que trabalhar sob o telhado em forma de pirâmide é uma fonte de vibrações inspiradas, auxiliando a sua criatividade! O resto da casa também exibe sua natureza artística, uma cena da floresta e borboletas na cozinha, flores e pássaros na mobília e ainda mais glicínias sobre as portas de vidro na sala de estar. Mesmo o jardim não escapa seu toque, como ela gosta; e nada melhor do que gastar tempo projetando características incomuns e criando uma abundância de cor, com uma ligeira tendência para um estilo vitoriano.



Grande parte da inspiração para suas imagens místicas vem de sua estreita observação da natureza e seu interesse na sua preservação. Embora muitas vezes ela se esforçe para transmitir uma mensagem em suas cenas, ela também espera inspirar em seu público uma jornada pessoal para o mundo mágico de sua própria imaginação.

Tal como acontece com a maioria dos artistas Jo é frequentemente solicitada 'de onde você tira suas ideias? a resposta é ... "de qualquer lugar e em toda parte". Jo nunca é curto de inspiração; na verdade, ela sente que é uma corrida contra o tempo para produzir todas as imagens que ela concebeu. Outra pergunta feita freqüentemente é "quanto tempo demorou para aprender a pintar? a resposta é ... "uma vida", porque ela tem pintado desde que ela era uma criança e o trabalho evoluiu e amadureceu até que a imagem atual foi criado. Suas pinturas, na verdade, levam em média 2 -4 semanas, dependendo do tamanho e assunto. Mais perguntas mais frequentes .





Josephine trabalha principalmente com tinta acrílica, o que lhe permite pintar rapidamente, e para criar muitos efeitos texturizados e coloridos. Ela tem sido influenciada e inspirada pelo talento ilustrativo de Arthur Rackham, o surrealismo de artistas como Magritte e Salvador Dali, e o romantismo dos pré-rafaelitas. Isto combinado com suas próprias idéias imaginativas levou a uma ampla e variada gama de trabalho.

"A arte da pintura é mais do que uma carreira para mim", diz ela, "é toda uma obsessão que me consome e um amor de cor e forma. Na verdade, se eu ficar longe deste meu ofício por muito tempo eu fico inquieta e ansiosa para pintar novamente "



Parece que nestes dias de desgraça, melancolia e pressão, cada vez mais pessoas estão buscando o escapismo da fantasia e surrealismo - o que é bom para Jo que ama pintar tais imagens. Quanto mais imaginativas e surrealistas eles são mais impressionam as pessoas.

Além de uma exposição anual em Londres, realizada pela "Society for Art of the Imagination" da qual Jo faz parte, sua obra pode ser encontrada em galerias de todo o sul da Inglaterra, de Cornwall a Kent e rapidamente vêm ganhando popularidade nos Estados Unidos e Americas.

Josephine nasceu em Farnham, Surrey, Inglaterra, em 1947. Educada em Farnham e Parkstone Gramática Escolas, sua família se mudou para Poole, Dorset, quando ela tinha 14 anos.



Josephine é também um formidável escultora e realizou e criou uma série de figuras únicas. Usando pedras naturais encontradas localmente, vários materiais de modelagem e pedras semi-preciosas, ela cria modelos que, uma vez pintados, desafiam o espectador a encontrar onde as pedras terminam e as figuras começam.

Devido à seu uso personalizado da técnica texturizada acrílica, ela foi convidada a demonstrar sua técnica em palestras locais e ocasionalmente fora de sua cidade e outros países.


Embora seus trabalhos sempre tenham abrangido uma vasta gama de assuntos, desde que entrou para o Mercado mundial das artes, ela tem produzido obras com um sabor étnico distinto e imagens de suas histórias e fábulas favoritas. Seu trabalho de fantasia permanece mais popular, muitos deles contendo imagens ou rostos ocultos, que se tornaram sua marca registrada.